"Em
relação ao Agrupamento 1089, o seu processo de formação começa em
1995, por iniciativa da irmã religiosa e escuteira, Maria Fernanda Manso,
pertencente à comunidade religiosa da Ordem das Doroteias radicada na Maia
desde 1993, que acompanhada do Padre Simas Carreiro conseguiram reunir um pequeno de grupo de pessoas interessadas
na abertura de um Agrupamento do C.N.E. na freguesia da Maia.
Ao
longo do período de formação do Agrupamento, que é no mínimo de 1 ano, os
futuros chefes tiveram formação semanal ministrada pela referida Irmã Maria Fernanda Manso.
Para Além dessa formação, que podemos considerar "não oficial", os futuros chefes
tiveram de frequentar cursos de formação "oficiais", como o CI - Curso de Iniciação ao escutismo - que inicia os formados
no Movimento Escutista. Tiveram de frequentar o CIP – Curso de Iniciação Pedagógico, que dá os rudimentos pedagógicos necessários a que cada chefe possa
desenvolver e por em prática a pedagogia escutista e a correcta aplicação do
método escutista. Estes dois curso de formação são ministrados por formadores
da Junta de Núcleo de S. Miguel, que é o órgão responsável por promover a
formação e expansão dos Agrupamentos bem como a formação e aperfeiçoamento de acordo com o Regulamento de Formação de Dirigentes.
Posteriormente os interessados, podem fazer o CAP- Curso de Aprofundamento Pedagógico, que é como uma especialização, relativa ao trabalho numa secção
específica. No Agrupamento 1089 apenas 3 dirigentes possuem o CAP.
A
abertura oficial do Agrupamento 1089 foi no dia 3 de novembro de 1996, dia em que os
primeiros associados (adultos e crianças) fizeram a sua “Promessa de Escuteiro”, após cerca de 3 meses de trabalho conjunto.
Após
essa data, decorridos os trâmites legais para a constituição de um Agrupamento
do C.N.E., foi-lhe atribuído, pela Junta Central[1], o número 1089 que faz parte de uma série única nacional, número
pelo qual é identificado.
Na
data da sua fundação o Agrupamento contava com um efectivo de 37 elementos,
englobando chefes, Lobitos e Exploradores. Ao longo dos seis anos de existência
do Agrupamento, esse efectivo foi aumentando e em 2002 conta com um efectivo de
68 associados distribuídos pelas 4 secções (Lobitos, Exploradores, Pioneiros, Caminheiros) e Chefes.
Inicialmente
a sede dos escuteiros do Agrupamento 1089 ficou situada no edifício da
Cooperativa de Artesanato, pertença da Santa Casa da Misericórdia do Divino Espirito Santo da Maia, e passados 3 anos, passou para o edifício do Centro Social e
Paroquial, projecto construído de raiz que contemplava um espaço especifico
para sede de Agrupamento.
Ao
longo do tempo esse espaço foi-se tornando pequeno para o efectivo do
Agrupamento e actualmente nesse lugar funcionam apenas a I e II secções
enquanto a III e IV funcionam na garagem da Igreja.
De
há uns anos a esta parte o Agrupamento está a enveredar todos os esforços para
conseguir adquirir uma nova sede, onde todas as Secções possam ter o seu espaço
próprio para trabalhar.
O ano escutista corresponde normalmente ao ano
escolar, com inicio em Setembro e final em Julho sensivelmente. O ano em que se deu uma maior entrada de novos
elementos no Agrupamento foi o ano de 1997/1998, que corresponde ao ano escutista
imediato à abertura do mesmo. Nesse ano o Agrupamento aumentou o seu
efectivo em 63%. Em 1998/1999 cresceu relativamente ao ano anterior 33,8 %,
atingindo o seu efectivo máximo. A partir deste ano o efectivo diminui, sendo a
maior quebra verificada no ano de 2000/2001, que face ao ano de 1999/2000
diminui 13,3 % para voltar a aumentar no ano seguinte 6,15%.
Todos
os anos abrem-se inscrições para a entrada de novos elementos, embora seja política frequente do Conselho de Agrupamento
restringir a entrada de associados nas III e IV secções porque se pretende que
os escuteiros façam um percurso no Agrupamento e no escutismo, progredindo de
forma natural de uma secção para a outra. Nesse sentido só em 1999 se criou a
III secção e em 2001 a IV secção
Em
relação à entrada de novos chefes, faz-se conforme estes novos
elementos manifestam a sua vontade de pertencer ao Movimento. É política
corrente do Agrupamento que fiquem durante um ano à experiência trabalhando com
uma Secção da sua preferência ou consoante a necessidade desta ou daquela
Secção. Se gostarem da experiência, vão fazer os cursos de formação e
posteriormente são admitidos oficialmente como dirigentes do C.N.E., sendo
publicado o seu nome na Revista Flor de Lis – órgão oficial onde se publicam
todos os actos oficiais do C.N.E.
Desde
a abertura do Agrupamento a entrada de chefes fez-se em dois anos específicos,
em 1998 e em 2000, sendo a maior entrada registada no ano 1998 em que entraram
8 chefes. Actualmente o Agrupamento tem 16 chefes e destes apenas o Chefe de
Agrupamento e o Assistente (pároco) não se encontram a trabalhar em nenhuma
Secção específica. O Chefe devido á importância de que o cargo se reveste e
pelo tempo exigido na gestão do Agrupamento e o Assistente apenas dá apoio
pontualmente na animação da fé."
[1] Órgão executivo nacional
do C.N.E.
Texto extraído de PEREIRA, Patrícia Pacheco - Ser Escuteiro no Agrupamento 1089 Maia: Representações Sociais, Maia, 2002.